O Dia Universal contra a Discriminação racial, foi criado em homenagem aos manifestantes de Sharpeville, província de Gauteng, na África do Sul, em 21 de março de 1960, que marchavam num protesto pacífico contra a Lei do Passe, que obrigava os negros a usarem um cartão no qual estava escrito aonde podiam e deviam ir. A polícia conteve o movimento com rajadas de metralhadoras e segundo os jornais televisivos, morreram 69 pessoas e mais de 180 ficaram feridos. Esse acontecimento chamou atenção da opinião para a política do Apartheid e a ONU—Organização das Nações Unidas, em 1969 implementou o Dia Internacional contra a Discriminação Racial. No Brasil, ao longo dos anos o Movimento Negro vem reivindicando a revisão do currículo escolar brasileiro, essa reivindicação tornou-se a Lei de 10.639/2003 e foi delineada nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Entretanto, a Lei existe mas não está nos costumes. Enquanto educadores, devemos construir uma prática pedagógica que destaque o negro e o índio como sujeito ativo na construção de nossa sociedade e tomar consciência de que o Brasil é um país multirracial e pluriétnico e procurara aceitar que nesta diversidade o negro e o indígena tem papéis de maior relevância para a sociedade brasileira.
Por: Maria das Graças - Professora de História
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